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Arquitetos: i/thee
- Área: 46 m²
- Ano: 2024
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Fotografias:Neal Lucas Hitch
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Fabricantes: Grasshopper 3D, R.P. Lumber, Rhinoceros, SketchUp, Terrys Quality Concrete, White Cap
The Dining Room, a instalação inaugural do ARTocka Trail Loop, é um pavilhão experimental de terra que aproveita as forças da natureza para criar um espaço público de refeições e uma área de piquenique no Lago Petocka em Bondurant, Iowa. O pavilhão apresenta duas paredes de terra compactada intencionalmente erodidas para revelar infraestruturas públicas lúdicas que se cruzam e saem dos volumes — conferindo a impressão de que forças naturais as escavaram lentamente ao longo dos séculos. Como um dos primeiros projetos públicos de terra compactada em Iowa, a instalação demonstra os benefícios, a versatilidade e a viabilidade da construção em terra compactada em um clima continental úmido, fornecendo um modelo para futuras construções em terra.
The Dining Room marca o início de um planejamento mais amplo projetado por i/thee para a cidade de Bondurant, Iowa, imaginando uma rede de "salas" públicas ao longo de uma trilha que circunda o Lago Petocka. Baseando-se na sensação de cidade natal, cada instalação brinca com espaços comunitários tipicamente encontrados em uma casa e os escala para o tamanho do parque comunitário. Cada "sala" interagirá com o ambiente de maneiras novas, permitindo que o entorno molde cada instalação. Como a peça inaugural, essa instalação serve como o coração de uma série, com as outras programadas para serem construídas nos próximos anos.
O processo começou com a construção de duas paredes de terra compactada compostas por uma mistura local de areia, argila e cascalho. Esses materiais foram misturados no local e compactados camada por camada em fôrmas, resultando em duas paredes monolíticas e autoportantes de terra compactada. Uma vez concluída essa etapa, a equipe de projeto usou um pulverizador de água de alta pressão para erodir estrategicamente as paredes, imitando processos naturais para criar morfologias complexas que parecem ter sido moldadas pelo vento e pela água.
Por fim, ferramentas digitais avançadas, como escaneamento 3D, foram combinadas com técnicas tradicionais, como entalhes na madeira, para criar as mesas de piquenique e bancos nas paredes erodidas — gerando a ilusão de que foram embutidos e escavados ao longo de milênios. Além disso, a instalação não é estática; erosões estratégicas foram definidas nas paredes para permitir que elas evoluam ao longo do tempo, convidando o ambiente — e o tempo — a se tornarem co-criadores no processo de projeto.